O Centro Anti Discriminação VIH/SIDA, iniciativa conjunta da SER+ e do GAT, financiada pelo Programa Nacional para o VIH/SIDA, aborda as vertentes do estigma e da discriminação relacionadas com o VIH e está a implementar desde Janeiro de 2013, o Índice em Portugal.
Com o patrocínio do Dr. Jorge Sampaio o projeto é coordenado por uma Comissão Executiva, composta pelo Diretor do Programa Nacional para o VIH/SIDA da Direção Geral de Saúde, Dr. António Diniz, pela Dra. Diana Vicente da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e pela SER+ na pessoa de Dr. Pedro Silvério Marques.
O Conselho Consultivo é composto por Andreia Pinto Ferreira, Coordenadora Geral da SER+, Luís Mendão, Presidente da Direção do GAT, Ricardo Baptista Leite, Deputado da Comissão da Saúde da Assembleia da República e Coordenador do Grupo de Trabalho para o VIH/SIDA e Maria do Céu Rueff, do Centro de Direito Biomédico da Faculdade de Direito de Coimbra e integra a Comissão Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Lançamento do projeto no dia 19 de Fevereiro, nas instalações da SER+, contou com a presença de Jorge Sampaio, Julian Hows e Provedora adjunta Doutora Helena Cecília Alves Vera-Cruz Pinto
No seguimento do lançamento do projeto de investigação Stigma Index no passado dia 19 de Fevereiro em Portugal, a SER+ e o GAT têm o prazer de vos dar a conhecer a entrevista que o Pedro Silvério Marques, coordenador do mesmo, dada no passado dia 25 de Fevereiro, na RTP2.
Pedro Silvério Marques sobre o lançamento do Stigma Índex em Portugal na RTP2
Metas
O Índice destina-se a sistematizar informação sobre estigma, discriminação e direitos das pessoas com VIH e determinar o nível de estigma em Portugal e a ser utilizado como um instrumento de advocacia pelos direitos das pessoas com VIH.
Objectivos
As informações vão permitir:
Documentar as experiências nacionais no que diz respeito ao estigma e discriminação;
Formular recomendações para os combater
Medir as mudanças ocorridas.
Fundamentar mudanças de política e intervenções programáticas.
Os resultados do estudo serão amplamente divulgados para serem utilizados por todas as partes interessadas, governamentais ou não, na redução do estigma das pessoas que vivem com VIH.
Metodologia e instrumentos
Levantamento estatístico, através de um questionário dirigido por e para pessoas que vivem com a infeção pelo VIH, sobre a forma como viver com a infeção afeta todas as dimensões da vida de uma pessoa, trabalho, família, acesso a seguros, empréstimos e a serviços de saúde, ativismo, auto-estima, legislação.
Orientados por um entrevistador treinado, as pessoas que vivem com o VIH irão responder a um questionário sobre a sua percepção do estigma em 10 áreas chave:
experiência do estigma e da discriminação e as suas consequências;
acesso ao trabalho e aos serviços;
estigma interno;
Direito, leis e politicas;
Mudança efectiva;
Teste ao VIH;
Exposição e confidencialidade;
Tratamento;
Ter filhos;
Problemas e desafios.
Questões adicionais em áreas relacionadas poderão ser acrescentadas ao questionário Os dados recolhidos constituirão a base quantitativa para as medidas a implementar para melhorar os programas existentes ou desenhar novos.
O levantamento será efetuado nos serviços hospitalares que acompanham pessoas com VIH onde, após aprovação dos conselhos de Gestão e das Comissões de Ética, será divulgado pelos médicos e enfermeiros e material escrito.
Confidencialidade e Consentimento informado
Todas as pessoas envolvidas no estudo têm de garantir a estrita observação dos principios éticos e da legislação de proteção de dados.
Todos os dados, incluindo os de natureza pessoal e sensível serão recolhidos e tratados com a confidencialidade mais rigorosa. Também aos entrevistadores será garantida absoluta confidencialidade durante todo o processo de formação da aplicação do questionário.
Os resultados do estudo serão divulgados publicamente das formas que forem mais adequadas mas sempre de forma agregada e garantindo a confidencialidade de cada participante individual.
Especial atenção será dada ao Consentimento informado dos participantes.
Amostragem e cobertura regional
Como não é possível garantir uma amostra representativa de todas as pessoas que, em Portugal, vivem com VIH, será empregue a técnica da amostragem selectiva, ou seja selecionando os serviços hospitalares que as acompanham.
Relatórios e estudos nacionais serão utilizados para alinhar a amostra com os dados demográficos conhecidos - género, idade, via de transmissão, etc. - e a cobertura geográfica.
Pretende-se cobrir os cinco distritos que representam mais de 75% dos casos notificados - Coimbra, Lisboa, Porto, Setúbal e Faro.
Formação dos entrevistadores
O programa de formação dos pares como entrevistadores foi desenvolvido pelos parceiros internacionais e traduzido e adaptado pela SER+. Participaram na formação, realizada em Fevereiro de 2013, 17 pessoas e foram selecionadas 16.
A formação foi dada por técnicos da SER+ (Ana Duarte e Pedro Silvério Marques) e do GAT (Ricardo Fernandes) e incluiu a compreensão dos conceitos de estigma e discriminação, métodos de entrevista, recolha e proteção de dados, condução dos inquéritos e preenchimento dos formulários.
Contou com a participação especial dos técnicos da KeyPoint e da Dra. Ana Catarina Reis da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto/Clínica EME SAÚDE.
Recolha da Amostra
Serão inquiridos pelo menos 1000 pessoas pretendendo-se atingir as 1500 para reduzir a margem de erro a +-2,5%. Pretende-se também incluir as pessoas com VIH de vários grupos mais vulneráveis - UDI, TS, HSH.
A divulgação do estudo foi feita essencialmente nos serviços hospitalares e nas ONGs nacionais que apoiam pessoas com VIH, começando pela SER+ e o GAT mas alargando a todas as outras.
ONG´s PORTUGUESAS QUE JÁ CONFIRMARAM
HOSPITAIS QUE JÁ CONFIRMARAM
Análise dos dados
Os dados serão introduzidos em base de dados adaptada ao questionário, para minimizar erros na introdução de dados e aumentar a sua qualidade, em MS Access®.
Será executada análise estatística, utilizando os softwares SPSS v.15.0 ou R v2.14, não parametrizada de acordo com o protocolo do estudo e o plano de análise estatística.
Será elaborada um relatório estatístico contendo os resultados da análise e respetivo comentário e resumo da metodologia empregue. No final a empresa de tratamento de dados fornecê-los-á de forma a poderem ser utilizados em análises posteriores e cruzamento com outros países.
Este projecto contou com o apoio de:
60.000€
Objetivo Cumprido!
Se reside na linha de Cascais venha fazer o teste para o VIH, Hepatite B e C na SER+
Poderá conhecer o seu estatuto serológico para o VIH, Hepatites B, C e Sífilis, nas instalações da SER+ (em Cascais) ou na nossa Unidade Móvel de Saúde (que circula nos concelhos de Cascais e Oeiras).
O teste é gratuito, anónimo e confidencial, e tem os resultados em 20 minutos.
Na sede da SER+ os rastreios podem ser realizados às:
2ª feira: entre as 9:20 e as 12.40h e as 14h e as 16.40h
3ª feira: entre as 9:20 e as 12.40h
6ª feira: entre as 9:20 e as 12.40h
Pede-se marcação prévia através do telef. +351 214 814 130 ou +351 910 905 974 ou através do email: alexandra.aguiar@sermais.pt.
Na Unidade Móvel o rastreio é feito por ordem de chegada. Poderá conhecer a rota da Unidade Móvel na nossa página de Facebook, na página de Instagram @diagnosticarnalinha www.instagram.com/diagnosticarnalinha ou através do telem. 910 905 974.