Para as Pessoas que vivem com o VIH
Poderei ter filhos?
Muitas mulheres sentem que, por serem ou por terem um parceiro seropositivo, não podem ter filhos. Se for o seu caso, deve ter conhecimento de algumas informações, para ajudá-la a tomar a decisão de engravidar ou não. São elas: - Quando os dois elementos do casal estão infetados pelo VIH, as relações sexuais sem preservativo representam um risco acrescido porque existem diferentes estirpes de VIH. Se a pessoa é re-infetada com uma estirpe diferente, pode tornar-se mais difícil desenhar um tratamento antirretroviral eficaz. - Se uma mulher infetada quer ter filhos com um parceiro que não é infetado e se não tiverem sexo protegido, coloca o seu companheiro em risco à infeção pelo VIH. Por isso, para conseguirem que a mulher engravide, muitos casais sero-discordantes tentam a inseminação artificial. - Ao contrário, se for o homem que está infetado pelo VIH e a mulher não, alguns casais usam uma técnica conhecida por "lavagem de esperma", que envolve a separação dos espermatozoides do sémen. No entanto, essa técnica é cara e não está disponível na maior parte do mundo.
Mas não há garantia de que a infeção não ocorra e por isso esta escolha deve ser muito bem ponderada pelo casal. O risco de transmissão com as técnicas de lavagem de esperma é muito mais baixo do que o risco da transmissão por indivíduo com menos de 50 cópias." Garantir que o feto não seja infetado pelo VIH, deve ser a prioridade para uma grávida infetada. Tratamentos eficazes estão disponíveis para prevenir a transmissão vertical do VIH de mãe para filho, durante a gravidez, parto e pós nascimento, como a amamentação.
"No caso de uma mulher infetada, o risco de transmissão da grávida para o recém-nascido, nos países onde esses tratamentos estão disponíveis, como em Portugal e na maior parte dos países industrializados, é inferior a 5%. Segundo alguns autores, pode até ser estimado entre os 0% e os 3%. Por exemplo, é menos provável a criança ser contagiada pelo VIH materno do que pelo vírus da hepatite B da mãe. No caso de infeção por VIH, é possível iniciar um tratamento anti retrovírico nas mulheres grávidas infetadas. Deve-se acompanhar a gravidez de forma que a carga viral, isto é, a quantidade de vírus que a grávida tem a circular no sangue, seja abaixo da técnica de deteção, que está quantificada nas 50 cópias. O ideal é conseguir-se manter este parâmetro ao longo de toda gravidez. O maior risco ocorre durante o parto, mas os hospitais já estão preparados para que se reduza a contaminação ao mínimo nesse momento, nomeadamente através de cesarianas." |
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