Uma ideia errada e muito comum é pensar-se que um grande obstáculo à prestação de serviços preventivos à população sem-abrigo é não conseguir ter acesso a elas. Na realidade, esta população está muito presente e está aos olhos de todos. Muitas vezes são vistas a viver ou a trabalhar nas ruas ou perto dos abrigos.

Criando relações de confiança, fazendo contactos consistentes ao longo do tempo e trabalhando com as networks locais já existentes, pode ajudar no acesso a esta população de modo a conseguir-se um acompanhamento mais efetivo.

Barreiras e configurações institucionais podem restringir atividades de prevenção à infeção pelo VIH e a outras IST's. A segurança nos abrigos é muitas vezes mantida somente para prestar as necessidades básicas. Os abrigos geralmente são muito resistentes em autorizar programas de prevenção ao VIH que falem explicitamente de sexo e de substâncias ilícitas ou que adiram à distribuição de preservativos, até porque na maioria dos casos, são mesmo proibidos. A falta de um espaço que garanta a privacidade para que o aconselhamento se faça de modo a conseguir-se abordar temas mais sensíveis, pode também ser um obstáculo.