![]() O VIH/SIDA
No mundo
Desafios
Há muito que pode ser feito para reduzir o impacto da infeção pelo VIH/SIDA, começando por prevenir a transmissão. A transmissão sexual pode ser evitada se forem incentivadas práticas sexuais seguras, redução de parceiros e a utilização consistente e correta de preservativos. A propagação do VIH através de consumos de drogas injetáveis pode ser diminuída através de ações no terreno, como é o caso do programa de trocas de seringas e de substituição de consumos. A transmissão de mãe para filho pode ser praticamente eliminada com a despistagem, acompanhamento e tratamento das grávidas e das crianças pós-parto e evitando a amamentação. No entanto, embora se saiba como prevenir e tratar a infeção pelo VIH, resistências políticas, culturais ou religiosas têm favorecido a difusão rápida do vírus e a pobreza limita o acesso aos meios de prevenção e tratamento contribuído para a progressão dramática da epidemia. É do conhecimento geral, por exemplo, que os tratamentos antiretrovíricos de curta duração se revelaram eficazes na redução da transmissão da infeção pelo VIH de mãe para filho. No entanto, mesmo quando os países em desenvolvimento possuem as infraestruturas sanitárias necessárias e apesar dos preços dos antiretrovíricos terem baixado drasticamente e poderem mesmo ser oferecidos aos países que se encontrem integrados num programa de prevenção de transmissão vertical, a sua utilização mantêm-se ainda muito aquém do necessário para travar a transmissão. A grande maioria dos progressos preventivos e terapêuticos no terreno é devida aos esforços das organizações internacionais e não das autoridades sanitárias nacionais e internacionais. O estigma e a discriminação são obstáculos à resposta da epidemia. As pessoas que vivem com a infeção pelo VIH e/ou com SIDA são, muitas vezes, ostracizadas, não só pelas suas famílias, como pelos empregadores e mesmo pelos profissionais de saúde. Para além do sofrimento pessoal e dificuldades que lhes trás, desencoraja-os a procurarem tratamentos e cuidados especializados assim como desencoraja a fazerem o teste as pessoas que desconhecem o seu estatuto serológico. |
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