![]() Para as Pessoas que vivem com o VIH
Quero viajar! Poderei fazê-lo sem restrições algumas?
Com a melhoria que se tem vindo a sentir na terapêutica antirretroviral ao longos destes últimos anos, com cada vez menos efeitos secundários, as pessoas que vivem com o VIH, gerem as suas vidas da maneira mais "normal" possível e, isso, implica, entre outras coisas, querer viajar, seja em regime turístico, seja por motivos profissionais. Existem muitos países que restringem a entrada, a permanência e a estadia nos seus países, a estrangeiros que vivem com o VIH, perpetuando o estigma e a discriminação como uma "doença perigosa". A situação é complicada e complexa já que pode variar de país para país. Alguns países proíbem por completo, a entrada a qualquer estrangeiro que viva com a infeção pelo VIH, outros não tem qualquer restrição de entrada mas exigem que o estatuto serológico para o VIH seja negativo em casos de quererem um visto de trabalho ou de residência. De um modo geral, os países encaixam-se, nas seguintes categorias, no que se refere às pessoas que vivem com o VIH:
A aplicação destas restrições podem variar de país para país. Uns países obrigam a que se faça o teste de VIH, sendo que se o resultado for positivo, deportam as pessoas. Outra forma de fazer aplicar as restrições é obrigar que a pessoa prove que não é infetada pelo VIH. Estas restrições também podem ser aplicadas mesmo quando o teste de VIH não é necessário. Nessas circunstâncias, se é descoberto que qualquer residente estrangeiro está infetado pelo VIH, existe a ameaça de serem deportados. Nem todos os países têm leis específicas de imigração ou de turismo para as pessoas que vivem com o VIH mas isso não significa que a declaração do estatuto serológico para o VIH, não seja um problema. Se as leis não são claras ou se não existe qualquer tipo de informação, essa declaração poderá afetar a decisão de continuar ou de recusar um visto de permanência. Mesmo que exista legislação e que esta seja conhecida, pode surgir confusão sobre como as leis são implementadas, deixando as pessoas sem saberem o que fazer quando entram num país ou quando pedem um visto. Mas, nem tudo é mal. Há um grande número de países que têm legislação que afirma claramente que a entrada e a permanência de estrangeiros para residir e trabalhar não será afetada pelo fato da sua condição de saúde para a infeção do VIH. Há, também, muitos países que não exigem qualquer tipo de exames médicos nem para estadias de curto nem de longa duração.
VERIFIQUE O ESTADO ATUAL DA LEGISLAÇÃO DO PAÍS PARA ONDE PRETENDE VIAJAR - As restrições aos vistos de entrada e de residência num país para pessoas que vivem com o VIH podem mudar rapidamente e em muito pouco tempo. Antes de tomar qualquer procedimento no sentido de querer viajar, é aconselhável consultar o seguinte site: www.hivtravel.org. Cada vez mais, é aconselhável contatar a embaixada ou o consulado do país destino para ter a certeza que não houve alterações recentes sobre as restrições que à partida já são conhecidas. Deverão ser capazes de prestar informação atualizada. Também aconselhável dizer-lhe que quando fizer esses contatos, mantenha o seu nome e o seu estatuto serológico em segredo. Uma boa ideia, também pode ser contatar uma organização não-governamental local com intervenção na área do VIH. No caso de ser conhecido qualquer restrição num determinado país às pessoas que vivem com o VIH e que mesmo assim decidem viajar, sabem que correm o risco de poderem ser recusadas à entrada e serem imediatamente, deportadas. No entanto, é interessante referir que em alguns países com estas restrições, oferecem um visto especial de entrada, só em determinadas circunstancias, especialmente, se a viagem se destina a visitar membros familiares, mas obtê-los pode ser muito difícil. Para os cidadãos que vivem nos países da União Europeia deveriam circular livremente e restrições para viajar ou para residir noutro estado membro, não deveria ser problema. No entanto, os cuidados ao sistema de saúde para quem é portador de VIH, pode variar. Portugal Estatuto serológico para o VIH: sem restrições
VACINAS Epidemias e surtos podem acabar com uma viagem por isso, é fundamental, respeitar o plano de vacinação exigido aos estrangeiros, quando entram num determinado país. Para as pessoas que vivem com o VIH é fundamental, não só respeitar isso, como é necessário saber se é recomendado e seguro tomá-las. Algumas vacinas não podem ser tomadas se o sistema imunitário da pessoa estiver enfraquecido ou comprometido pela infeção do VIH. Apesar de existirem, pelo país, locais, como a - consulta do viajante - onde todas as dúvidas sobre este assunto podem ser colocadas, a questão que se pode colocar é a necessidade de as pessoas terem que exporem o seu estatuto serológico para o VIH e, não quererem. Assim, aconselhamos a que discuta este assunto com o seu médico, ele poderá e deverá aconselhá-lo. MEDICAMENTOS Existem alguns medicamentos prescritos para os viajantes que podem interagir com outros medicamentos e, isso, também se aplica aos antirretrovirais. Alguns medicamentos prescritos para a malária, por exemplo, podem perder eficácia se forem tomados com os medicamentos antirretrovirais. Quando o destino da viagem for para países com áreas endémicas para a malária, deverá ser prescrito medicação adequada para essa doença para as pessoas que vivem com o VIH, pois existem muitos que não tem qualquer reação quando tomados com os antirretrovirais. No entanto, é importante ter a certeza disso antes de tomá-los. É aconselhável, uma vez mais, a falar sobre todas estas questões com o seu médico antes de tomar qualquer decisão de viajar. Dar-lhe-á tempo para discutir qualquer plano terapêutico alternativo tendo em conta o país para onde viaja. VIAJAR COM MEDICAÇÃO ANTIRETROVIRAL Se alguma prescrição médica tem que ser feita enquanto estiver no estrangeiro, é necessário ser comprovada por um médico através de um documento. Esse documento pode ser simplesmente o frasco/caixa original onde mostra o nome da pessoa responsável pela toma da medicação e o esquema terapêutico mas, para países, como Portugal, é necessário uma carta do médico com todos os detalhes da terapêutica, pois pode ser necessário, a toma do medicamento durante o percurso da viagem. Estes procedimentos, podemos minimizar quaisquer problemas que possa vir a ter na alfândega. Para quaisquer duvidas que possam surgir, um documento que expresse claramente que uma pessoa tem a infeção para o VIH, não é necessário. A carta do médico simplesmente tem que referir que os medicamentos pertencem àquela pessoa e que são necessários para o tratamento de uma doença crónica. TER ACESSO AO SISTEMA DE SAÚDE ENQUANTO ESTÁ EM VIAGEM Pode surgir situações complicadas durante a sua viagem e, uma delas, é por exemplo, acabar-lhe a medicação por variadíssimas razões. Lidar com essa situação, uma vez mais, varia de país para país. Mas, documentar-se o mais possível, ajudará a reduzir os custos de obter os medicamentos e rapidez em obtê-los. Aconselhamos, no caso de isso acontecer, a pesquisar as clinicas e/ou as organizações locais de forma a obter ajuda. É provável que qualquer tratamento que precise no estrangeiro, terá que o pagar, mas é possível ter acesso a custos reduzidos ou mesmo gratuitos. Muitas vezes, esses custos são reembolsados. Independentemente do país destino, as pessoas que vivem com o VIH devem assegurar-se que tem as condições de seguro necessárias para cobrir estas situações. Para mais informações sobre este assunto, pesquise em www.aidsmap.com/Obtaining-health-care-abroad/ |
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